sábado, 25 de agosto de 2018

Aconteceu: PALESTRA O Uso Midiático da Informação e da (Des)informação.

Aconteceu no Campus Niterói na sexta-feira,  dia 10 de agosto, a Palestra com debate "O Uso Midiático da Informação e da (Des)informação", das 11h às 13h, no pátio do colégio.

O evento contou com a presença dos alunos do Campus, da Direção, além de Docentes e técnicos-administrativos, bem como com a recepção da equipe do SESOP e também da Biblioteca do Campus. A servidora, a bibliotecária Ana Carolina Cardoso, abriu a mesa de Palestra, com a presença dos ilustres palestrantes: 

-Professor Celso da Cruz Carneiro Ribeiro - Professor Titular do Instituto de Computação da UFF, Pesquisador 1-A do CNPq, Cientista do Nosso Estado da FAPERJ, Membro da Academia Brasileira de Ciências, Ex-Diretor do Departamento de Programas de Modernização do Ensino Superior do MEC (criador do Programa Universidade para Todos - ProUni e coordenador do FIES), Ex-Subsecretário de Recursos Humanos e Tecnológicos da Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro; 
-Professora Rachel Bertol - Doutora em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2016) e jornalista. Professora Assistente (substituta) na graduação de Jornalismo da Universidade Federal Fluminense (UFF); 
-Professora Aura Conci - Professora titular da Universidade Federal Fluminense desde 1994. Tem trabalhado em Ciência da Computação, desde a criação do Instituto de Computação da UFF; 
-Maria Cristina do Amaral - Mestranda em Mídia e Cotidiano pela Universidade Federal Fluminense. Possui graduação em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – e integrante do grupo de pesquisa Mídias, Redes e Jogos, usos e apropriações em contextos digitais da UFF.

A bibliotecária Ana Carolina abriu a Palestra falando de WhatsApp, Facebook e Instagram. Que todas essas mídias acabam gerando conhecimento em nós de alguma forma, ajudando a construir um pouco da nossa opinião sobre determinados assuntos e também aprimorando o debate que temos com as pessoas no nosso dia a dia. Mas não é porque algo está publicado por familiares ou amigos em formato de notícia que necessariamente é verdade. Muitas vezes passamos adiante informações que nem paramos para pensar de onde vieram. Boatos existem, sempre existiram. Desde antes da invenção da escrita a sociedade já transmitia informações na base do “ouvi dizer”, sem confirmar a sua exatidão, e as pessoas acabavam, e ainda acabam, produzindo e recebendo informação sem nenhum limite. Logo, se por um lado essa possibilidade de se produzir e receber informação livremente democratiza a comunicação, por outro, ela também facilita a divulgação de conteúdo feito sem nenhuma responsabilidade.

Ana Carolina também mencionou que as fake news costumam ser bem mais inusitadas do que as notícias verdadeiras, e justamente por isso acabam sendo mais propagadas. Em 2016 houve o fenômeno cujo nome virou inclusive a palavra do ano, o qual ficou conhecido como “pós-verdade”. Trata-se de uma postura que se toma onde os fatos objetivos são menos influentes na nossa formação de opinião do que as nossas emoções e crenças pessoais. Logo, deixamos de lado a razão ao compartilharmos as fake news, ou seja, essa “pós-verdade” vai se sobrepor à realidade.

A servidora menciona que um exemplo bem interessante para entender esse conceito de “pós-verdade” é o livro “1984”, de George Orwell, escrito em 1948, o qual fala de uma distopia de um governo totalitário liderado pelo “Grande Irmão”, que controla a sociedade aterrorizando-a por causa da guerra. Ele manipula a verdade, inclusive o passado, monitorando tudo e todos. A própria linguagem dessa distopia é distorcida para criar um clima de confusão e inércia.

Ana fechou a introdução divulgando que os principais temas a serem abordados na palestra seriam, então, as fake news, a pós-verdadeo compartilhamento de informações sem se ter certeza de que são confiáveis e a questão da informação nas redes sociais

Rachel Bertol falou da perspectiva do jornalismo, fazendo um histórico de quando os termos “fake-news” e “pós-verdade” começaram a surgir no cenário mundial como palavras correntes.

Maria Cristina do Amaral falou sobre a grande preocupação atual ser com a desinformação que ocorre nas redes sociais e na internet. Ela disse que sua abordagem é mais especificamente paralela às fake news e que, mesmo após se ter identificado uma fake new, ainda assim uma notícia verdadeira pode ser escrita de forma a conter um elemento de desinformação, sendo muito importante saber ler a mídia, porque as palavras não são neutras, todas elas têm peso. 

Aura Conci focou no aspecto de notícias falsas e desinformação acerca da saúde, afirmando que assuntos como dietas, alimentação, câncer e diabetes são os que mais circulam pela internet dentro dessa área.

Celso Ribeiro falou das fake news, geopolítica e direitos humanos. 

A Palestra finalizou com um debate, aberto a perguntas para os palestrantes. 

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Confira abaixo algumas fotos do evento:




De cima para baixo, da esq. para a dir.: Prof. Rachel Bertol, Maria Cristina do Amaral, Prof. Celso Ribeiro, Verônica Souza (SESOP Niterói), Prof. Claudia Almada (Diretora Pedagógica Niterói), Ana Carolina Cardoso (Bibliotecária Niterói) e Prof. Aura Conci.





























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